Publicado em quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Os funcionários do Banco do Brasil realizam paralisação nacional por 24 horas nesta quarta-feira (10), para protestar contra a reestruturação implantada unilateralmente pelo governo Bolsonaro e a diretoria do banco para privatizar a instituição financeira.
Na reestruturação, o governo Jair Bolsonaro vai desligar 5 mil funcionários e fechar, neste semestre, 361 unidades do Banco do Brasil (112 agências, sete escritórios e 242 Postos de Atendimento). Além disso, vai converter 243 agências em postos de atendimento e a transformar 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem gerentes e guichês de caixa.
Na segunda-feira (8), o BB divulgou que 5.533 funcionários aderiram aos programas de demissão voluntária. O esvaziamento do quadro do pessoal faz parte da reestruturação planejada pelo governo. Trabalhadores cobram transparência por parte do BB e querem a abertura de negociações sobre o plano.
Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), o que Bolsonaro chama de um programa de reestruturação é, na verdade, o "desmonte dessa instituição tão importante e simbólica para o nosso país". "É um crime contra o sistema público, que nós ainda preservamos", ressaltou o parlamentar na sessão desta quarta.
O desmanche do Banco do Brasil – passo indispensável para uma futura privatização – afeta não só a categoria, mas sobretudo o Brasil e, em especial, os pequenos municípios. Com uma rede de agências reduzida e com menos funcionários, a população será prejudicada. Em algumas cidades ficarão sem agências e o atendimento vai ser ainda mais precarizado.
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